Desafio Tupinambá: ‘uma das subidas mais cansativas que conheço’, diz Everton Costa

Everton Costa tem 27 anos, costuma treinar no Parque da Cidade, que vai receber boia parte dos percursos do Desafio Tupinambá, em 2 de dezembro. Ano passado ficou em terceiro lugar na prova de 9k. Este ano é presença confirmada.

“O Parque da Cidade é um ótimo lugar para se conhecer. Lá do alto podemos contemplar lindos visuais do Rio de Janeiro e de Niterói. Há diversas trilhas para se explorar. Trilhas para todos níveis de condicionamento, umas mais cansativas e outras nem tanto. Uma dica bem legal é admirar o pôr do sol num final de tarde na rampa de voo livre.

Sempre busco fazer meus treinos específicos no Parque da Cidade. Lá posso trabalhar várias valências físicas, principalmente a força e a técnica em trilhas. O desafio inicial começa bem na primeira subida até a portaria de acesso à rampa de voo livre. Costumo dizer que é uma das subidas mais cansativas que conheço. Chegando na portaria temos a opção de fazer várias trilhas diferentes ou continuar subindo para a rampa. Já na rampa tem duas trilhas em que costumo fazer meus treinos com muita frequência, que são a trilha do mountain bike e o downhill sentido Cafubá/Tupinambá.

Ano passado fiz o Desafio Tupinambá e foi uma das provas mais legais que participei. Tinha uma galera boa para disputar as primeiras colocações. Alguns eram especialistas em asfalto e não sabiam a dificuldade que seria os 9k naquele percurso. Assim que foi dada a largada um grupo de aproximadamente 10 corredores formou um pelotão, mas alguns foram ficando para trás já que a subida inicial castiga as pernas.

Já no km2 eu e o Gleiciomar disputávamos o 2° lugar, com o monstro Léo Torres à nossa frente liderando a prova. Cheguei na frente do Gleiciomar na rampa de voo livre mas as pernas já estavam bambas e não consegui me manter na frente durante o downhill sentido a trilha dos Tupinambás. Essa descida é bem técnica, com várias erosões num single track bem fechado. Aos poucos fui recuperando as forças e voltei a correr em ritmo forte, me mantendo próximo do Gleiciomar.

Chegando no km 7, parte final da trilha, tem uma descida MUITO difícil que dá acesso à Praia de Piratininga. Lembro que eu escorregava e me agarrava nos galhos das árvores para me manter de pé. Quando termina a descida, o corredor pega uma parte curta de asfalto até chegar na Praia de Piratininga. Chegando lá são cerca de 700 metros de areia fofa da praia até o fim da prova.

Mesmo vendo a chegada eu tentava me manter correndo, mas parecia que eu não saia do lugar, pois a areia de Piratininga é extremamente difícil. Voltei para o asfalto para fazer os 100 metros finais da prova, cruzando em 3° lugar. Morto com farofa, mas feliz da vida!

Penso que a principal diferença entre treinar ou competir num mesmo local é que durante os treinos vamos conhecendo nosso corpo, descobrindo nossos limites, economizando energia quando necessário e escolhendo o melhor ponto para pisar afim de evitar buracos, lamas ou pedras soltas por exemplo. Já durante uma competição a adrenalina vai nas alturas e o objetivo é correr forte até quando o corpo aguentar. Quando faltar energia nas pernas, tento me manter correndo na brutalidade.

Basicamente a principal diferença de treinar ou competir num mesmo local é que durante um treino vamos conhecendo nossos limites, e durante uma competição o objetivo é superá-los”

Desafio Tupinambá 
9k e 18k – Corrida kids
2 de dezembro
Parque da Cidade – Niterói 

About The Author